15 de jan. de 2013

A lenda do fim dos pacotes de TV

 O fim dos pacotes?

 

A lenda do fim dos pacotes de TV

 Sabe aquele entusiasta ferrenho da TV por assinatura que vive pregando pelo fim dos pacotes de TV por assinatura e pela liberdade da escolha livre por canais?

Ele pode estar totalmente errado e ser um apenas um sonhador.


Refletindo bastante em todos esses anos, acompanhando o crescimento das operadoras, nascimento de novas e falecimento de outras, percebi uma coisa interessante: a existência dos pacotes de TV com canais
pré definidos é muito ruim - mas ao mesmo tempo extremamente necessária. Sabem por que?

A metáfora do Golf Channel

Eu explico: se um canal como o Golf Channel fosse opcional, PPV, de livre escolha, quantas PESSOAS no Brasil teriam interesse nele? Precisaríamos ir muito a fundo na pesquisa, mas teríamos que levar em conta que não são todos os entusiastas pelo esporte (talvez uma grande maioria) que possuem TV por assinatura. Desse grupo que gosta e possuí, não seria integralmente assinante do canal (que não poderia também cobrar preços enormes, como o Combate vem fazendo). Nesse exercício rápido eliminamos uma grande gama de pessoas, reduzindo a um grupo que com certeza é muito pequeno no país (você que lê agora, quantos jogadores ou fãs de golfe conhece?).

Use a analogia

Então partimos da historinha acima para tentar abranger todos os canais que existem (e todos os seus gêneros), partindo do Fish TV (de pesca) ao TLN das novelas mexicanas. Temos ainda um número até grande de canais segmentados e específicos, mas que diminui a cada dia.

Tente então precificar esses canais. Se fossem de livre escolha, teriam que ter um preço (que provavelmente diminuiria conforme se aumentasse o número total de escolhas). Pessoal, não daria certo. Seria provavelmente o fim dos canais segmentados. Quantos assinariam o E!? O A&E? O Fish TV? O Comedy?

É inviável

Quando você tem canais ruins misturados com os bons a força, você tem a sorte do destino que em algum momento alguém assista o canal. Quando você coloca um preço nele, tudo muda. Quem pagar vai assistir, mas e para convencer o assinante a comprar? Seria desleal. Se tomassem essa decisão teríamos uns 15 canais que sobreviveriam, talvez uns 20. E com certeza teriam que fazer muitas promoções do estilo compre esses 3 e leve mais três porcarias de brinde...

Mas talvez eu esteja errado..

Como eu não sou o dono da razão e o fracasso que eu cito é apenas hipotético, talvez exista a chance de acontecer um dia... sabem quando e como? Caso os serviços on demand dominem a cena e ganhem muita força. Acho que isso não vai ocorrer graças ao eventos ao vivo, que são o forte da TV por assinatura. Mas se um dia um Netflix ganhar força para oferecer conteúdo de qualidade ao vivo (como uma Libertadores da América) tudo pode mudar.
Uma possível pressão e queda enorme do número de assinantes que preferem optar por conteúdo a qualquer hora (com opção do ao vivo), poderia dar um choque na TV por assinatura. De um jeito ou de outro muitos canais iriam morrer, e as grandes teriam que investir em megas receptores que ao menos gravassem todo o conteúdo que o assinante gostaria.
Seria então um momento de mudanças, um momento em que o que é válido e real hoje, poderia deixar de ser...

Mas quanto ao contexto e as previsões, deixo para vocês pensarem e discutirem... o ON DEMAND irá derrubar a TV como conhecemos? Os pacotes de TV vão deixar de existir? A Rede Globo vai perder para o SBT um dia?


Fonte: http://www.exorbeo.com

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